Chuvas provocam deslizamentos na região do Morro do Baú

"A Defesa Civil Estadual registrou no início da noite desta sexta-feira (31) deslizamentos na região do morro do Baú, em Ilhota, devido às fortes chuvas que ocorrem no local desde quinta-feira (30). De acordo com o órgão municipal, 14 famílias estão isoladas, sendo 12 no Alto Baú e mais duas entre o Baú Central e Braço do Baú.

Equipes dos Bombeiros Voluntários de Ilhota já estão atuando no local para atendimento das famílias. As pessoas residentes nos locais onde ocorreram os deslizamentos já foram notificadas e ficarão de sobreaviso durante a madrugada para novas ocorrências. Na manhã de sábado (1º), uma equipe da Defesa Civil Estadual e uma de Polícia Militar Ambiental se deslocarão até o município para fazer vistoria no local e prestar atendimento conforme necessário.

A Defesa Civil Estadual reforça o alerta para o risco de alagamentos e deslizamentos por causa das chuvas previstas em todo Estado até domingo (2), segundo informações do Epagri/Ciram. Nesta sexta e sábado (1º), áreas de instabilidade provocarão chuvas nas áreas próximas à divisa com o Paraná pela manhã e nas demais áreas do Estado na tarde e noite, com chuva mais persistente e risco de trovoadas e temporais isolados.

No domingo, a área instável se intensificará com uma frente fria associada, que mantém a chuva forte por alguns momentos na maior parte do dia com totais de chuva significativos, entre 40 e 50 mm pelo Estado. Alguns pontuais estarão próximos a 70 mm no Meio-oeste, Planalto Norte e Litoral Norte, durante o fim de semana. Há risco de deslizamentos e transtornos em estradas e alagamentos em áreas urbanas.

A Defesa Civil desaconselha atividades e esportes náuticos, já que o mar estará muito agitado a partir de sábado (1º), com ondas de 2,5 a 3,0 metros na costa catarinense.

Qualquer problema deve ser comunicado à coordenadoria municipal de Defesa Civil, através do telefone de emergência 199 ou para o Corpo de Bombeiros, no número 193. A Defesa Civil do Estado conta com atendimento de 24 horas, com equipes de prontidão para qualquer necessidade. O telefone para contato é o 48 3244 0600. O alerta é devido à previsão de mau tempo e objetiva prevenir à população, para evitar possíveis danos e/ou prejuízos."

http://www.defesacivil.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=638&Itemid=1

Nós já estamos em estado de alerta para socorrer as famílias que já estão passando por dificuldades com as chuvas. Nossa equipe em Ilhota já está atuando junto ao Complexo do Morro do Baú para ajudar as famílias que estão em risco de vida.

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Ilhota em Estado de Emergência - Agosto de 2009

As chuvas dos últimos dias voltaram a castigar a cidade de Ilhota, SC!
Como efeito das chuvas - do final de 2008 - o terreno do Complexo do Baú ficou mais sensível as chuvas. Por causa das chuvas intensas dos últimos 4 dias o Complexo do Morro do Baú voltou a ser interditado, impedindo o acesso de muitas famílias. Algumas das novas estradas (construídas pelo Reconstruir a Esperança e seus parceiros) também foram interditadas pelos desmoronamentos. Já estamos em contato com a Defesa Civil de Ilhota onde estamos monitorando todo o Morro do Baú e a situação com as famílias da região. Esse é um momento em que precisamos de suas orações e de suas contribuições, pois muitas famílias serão relocadas para abrigos, enquanto as chuvas não cessam e a situação não normaliza.

NASCE UMA IGREJA!!!

É com grande alegria e emoção que podemos vivenciar este tempo especial!!!Depois de tantas coisas acontecendo, casas reformadas, muitas pás de lama, botas sujas, lagrimas e risos, a esperança reconstruída, enfim temos uma Igreja estabelecida em Ilhota!!Os cultos estão sendo realizados na Prefeitura de Ilhota uma vez por mês com um evento especial e as quintas-feiras a noite na nova sede, uma casa na rua Isidoro Maes. Nesta semana vamos ter mais uma equipe de irmãos americanos trabalhando com crianças, mulheres e visitaçao.
E claro, Ilhota tem um novo morador, é o Rui Max Machado, que agora é o pastor da IGREJA BATISTA ALIANÇA POR ILHOTA. Estamos muito felizes com tudo o que está acontecendo por lá! Ainda temos desabrigados, ainda temos povo precisando de alimentos, de casa para morar, de esperança para Reconstruir!!!
Mas Deus tem feito maravilhas!
Foi iniciada também uma escola de futebol para 295 crianças, com uma parceria da Prefeitura de Ilhota e a Aliança por Ilhota. Veja o desenho da camisa dos alunos!
E assim o trabalho continua, numa nova fase, novas esperanças, novas necessidades!!

AÇÕES DE GRAÇAS

Esta carta que publicamos abaixo foi enviada por Mauricio Cunha, Diretor de Programas da VISÃO MUNDIAL BRASIL, sobre os acontecimentos desta semana:

“Prezados irmãos e irmãs,

Escrevo, com alegria no coração e gratidão a Deus, para compartilhar um pouco dos momentos muitos especiais que vivemos nos últimos dias, como parte das ações finais de emergência em Santa Catarina, que se concretizou graças à parceria entre a Visão Mundial, o CADI, a Primeira Igreja Batista de Florianópolis e a I Igreja Batista do Jd. Eldorado (Palhoça), que gerou a chamada Aliança por Ilhota.
No domingo à noite, o culto de ações de graças na I Igreja Batista de Florianópolis. Igreja cheia, muita emoção e alegria, aquela "eletricidade no ar" que podemos chamar de presença de Deus. Tive a oportunidade de ministrar a Palavra e ali pudemos ver os resultados das ações. Nesta ocasião, eu, Raniere Pontes e Mauren Brandt, em nome da Visão Mundial, pudemos homenagear nossos parceiros com placas simbólicas de reconhecimento, atribuindo a eles uma boa parte do êxito da operação.

Na segunda-feira, visitamos as áreas afetadas pela tragédia na região do Baú, no município de Ilhota, e nos deparamos com a face de uma tagédia. Destruição, morte, lama, vilas inteiras que sumiram do mapa. Mas em meio a tudo isso, sorrisos de gratidão e uma esperança que teima em prevalecer...reconstrução, histórias recontadas, vidas transformadas. É muito importante para nós quando relatórios de prestação de contas, planilhas financeiras e mensagens de e-mail se transformam em rostos de verdade, carne e osso, relatos de vida. Muitas vidas foram tocadas para sempre, recebendo não apenas ajuda material, mas conforto espiritual e abrigo.

Neste mesmo dia, participamos à noite de uma jantar com o prefeito, autoridades municipais, defesa civil e cerca de 300 pessoas que foram beneficiadas pelo projeto. Mais uma vez pude falar, e agradecer pelo empenho e cooperação de todos.
A nossa ação em Santa Catarina, apesar de diversas dificuldades encontradas, extrapolou todas as metas acordadas com o doador, e espalhou um rastro de vida na cidade de Ilhota, que pudemos perceber claramente nas conversas e visitas que fizemos no dia de hoje. Mais de um milhão de reais foram levantados pelos parceiros, e cerca de 1000 voluntários participaram da operação.

Por todos os lados, viam-se as camisas laranjas da VM. Aliás, os voluntários da Aliança por Ilhota foram carinhosamente apelidados de "laranjinhas" pela população.Seguindo o caminho de outras experiências da Visão Mundial na área de emergência, a Aliança por Ilhota gerou um projeto permanente de desenvolvimento que continuará atuando na cidade através do CADI - Ilhota! Pessoas já estão capacitadas e há uma grande mobilização no município para viabilizar a continuidade deste projeto. Além disso, uma igreja local nasceu e os cultos já estão acontecendo em pleno hall da prefeitura municipal.

Ainda há muito trabalho a fazer em Ilhota....apesar do silêncio da mídia, cerca de 220 famílias permanecem em alojamentos, em estado de completa carência, sem ter como voltar pra casa.
Em quase 20 anos que tenho de ministério, poucos momentos foram tão significativos, tão relevantes, tão emocionantes como este.
Parabéns a todos que apoiaram de alguma forma esta ação: ao pessoal do CADI - Palhoça, aos voluntários, à equipe de comunicação, à WV USA, à valiosa equipe de resposta rápida da Visão Mundial, e especialmente àqueles que diretamente se doaram de forma total pelas pessoas que mais precisavam.

Vamos em frente...temos mais trabalho agora na emergência Amazonas......

A luta que travamos em Santa Catarina é a prova viva de que Deus transforma o lamento em baile, a maldição em bênçao, o desespero em esperança, a morte em ressurreição.

Mauricio Cunha- Diretor de Programas – VISÃO MUNDIAL BRASIL"

CULTO DE AÇÃO DE GRAÇAS

CONVITE

Viemos convidá-lo para participar conosco de momentos especiais: um CULTO DE AÇAO DE GRAÇAS.
Estamos felizes pelos grandes feitos do Senhor Jesus em nós e através de nós no município de Ilhota. E você faz parte desta história!
Sua presença será uma honra!
CULTO: Dia 26/04 as 19 horas, NO TEMPLO DA PIBFLORIPA, rua Tenente Silveira 474, centro-Fpolis-SC


Esperamos você!
Abraço.
Equipe Reconstruir a Esperança

DECISÕES DIFICEIS!

DURANTE MAIS DE 3 DIAS, A DEFESA CIVIL DE ILHOTA CONVOCOU MORADORES QUE TIVERAM SUAS CASAS CONDENADAS. TINHA FILA EM FRENTE A PREFEITURA DE ILHOTA, PARA QUE AS PESSOAS ASSINASSEM O DOCUMENTO DE CIENCIA DE QUE SUA CASA NÃO DÁ MAIS PARA MORAR, QUE VAI SER DEMOLIDA...SÃO DIAS DIFICEIS, COM DECISOES DIFICEIS...

APROXIMADAMENTE 120 CASAS ESTAO CONDENADAS. ALGUMAS NO BAU SECO, BAU ALTO, VILA NOVA, BRAÇO DO BAU.CASAS QUE NÃO HÁ MAIS POSSIBILIDADES DE MORADIA, COMO A CASA DE UMA MULHER, MORADORA DA VILA NOVA, NOS 8 MESES DE GRAVIDEZ, QUE AGORA PASSA A REDE DE ESGOTO DA CIDADE POR BAIXO DE SUA CASA, E POR ISSO AS PAREDES ESTAO DESMORONANDO. E COMO A SITUAÇAO DE D. ADELAIDE, DE 76 ANOS, QUE PERDEU SEU MARIDO QUANDO SUA CASA FOI SOTERRADA E PERDEU SUA FILHA, GENRO E NETOS, QUANDO A CASA DE SUA FILHA FOI SOTERRADA TAMBEM. POR ENQUANTO ELA MORA NA CASA DOS FILHOS. MAS A CASA DE SUA OUTRA FILHA, QUE TEM 4 FILHOS PEQUENOS ESTÁ CONDENADA.

NAS VISITAS QUE A DEFESA CIVIL FAZ, HÁ MUITA INSTABILIDADE DOS TERRENOS AINDA, NUM DIA A CASA PARECE QUE VAI TER CONDIÇOES, E NOUTRO DIA ELA TEM DE SER CONDENADA ”AS VEZES EU VOU LÁ PARA O ALTO BAU E CHORO. NÃO PODEMOS RESOLVER” DIZ PAULO DRUN DA DEFESA CIVIL.

A HISTORIA DE Sr. UNIBERTO

Esta é a história do Sr Uniberto H., que teve sua casa afetada no Morro do Baú, e que era tratador de cavalos na Fazenda do Sr Egon em Ilhota:

“No abrigo da Ilhotinha, Fernanda H., operária numa fábrica de móveis, sempre esteve acostumada a trabalhar duro o dia todo, cuidar da casa e dos dois filhos,Leandro, de seis anos , e Leonardo de 10, com muita energia. Agora, seu olhar é distante, e ela caminha em passos lentos. “Ela ficou assim, triste, preocupada”, explica o marido, Uniberto. É difícil arrancar um sorriso dela, e por muitas vezes seus olhos se enchem de lágrimas. “Eles estão tratando a gente muito bem aqui, não podemos reclamar. Mas eu só queria mesmo voltar para a minha casinha”, diz Fernanda. Atrás dela logo chega Luis. A mãe explica que no momento do resgate – quando os bombeiros passaram um por um sobre a correnteza do rio, deslizando por cordas, e depois na viagem de helicóptero até o abrigo – o filho menor estava achando tudo uma aventura, enquanto o maior, Bruno, estava nervoso e preocupado, sabia o que estava acontecendo. Já no abrigo, as coisas se inverteram. O mais velho aceitou a situação, encontrou um grupinho de crianças e se distrai correndo e brincando. “O pequeno só pede para voltar pra casa, o tempo todo. Ele não se acostuma. Já teve doente da garganta, não quer comer, e fica grudado em mim o dia todo. Talvez seja porque o irmão dele achou um amiguinho da escola aqui, e ele não”, tenta explicar a mãe das crianças, depois de trazer a comida que já está sendo servida. As chuvas na região se intensificaram no sábado, dia 29 de novembro. No domingo à noite, a família orava, pedindo proteção a Deus, quando uma barreira despencou na colina atrás de sua casa, mas desviou pelo lado, não os atingindo. Religiosos, eles acreditam que o fato tenha sido um milagre. Mesmo assim, foram para a casa de um vizinho e lá ficaram, sem energia elétrica, água ou telefone, até terça à tarde. “A gente não tinha notícias e não sabia o que estava acontecendo. Ficamos muito assustados”, conta o agricultor Uniberto. Ele morou sua vida toda no campo, e apesar de ter muitas preocupações com emprego e um lugar para morar, deixa transparecer que o que realmente lhe aflige é o destino dos seus dois filhos. “Lá eles brincavam, andavam por tudo. Estávamos longe das coisas, é verdade. O hospital mais próximo ficava a 20 quilômetros. Mas também não havia violência, criminalidade, drogas. Era um lugar muito bom para se criar um filho. Agora não sei para onde vão nos levar”, indica o agricultor de uma terra que não existe mais. Pensando em como vai proporcionar um futuro para sua família, ele se arriscou e voltou à sua casa para pegar uma moto que havia comprado recentemente, em prestações mensais. “Fiz em 48 vezes. Ainda falta pagar 46”, diz. Ele a mulher também relembram a casa onde moravam. “Era velhinha, de madeira, até chovia dentro em algumas partes. Foi construída pelo meu sogro. O assoalho era tão lindo, ficava brilhando depois de passar cera. Eu gostava muito da nossa casa”, conta Fernanda”

O homem desta história apareceu no escritório da Aliança por Ilhota no dia 16 de fevereiro, todo feliz por ter encontrado a gente. Falou que um homem que mora em Goiânia, orou por eles no abrigo da Ilhotinha, leu a Bíblia com eles e disse que quando precisassem de ajuda, poderia procurar a Visão Mundial, os “laranjadinhos” naquele endereço. Fiz algumas perguntas a ele sobre o cadastro, suas necessidades, seu endereço, se tinha crianças em casa, o que tinha acontecido com sua casa, etc Ele falou que era morador do Alto do Bau, tem dois filhos pequenos, que precisava de cama de casal, cama para as crianças e guarda roupas, que a casa não dava para voltar, pois a ponte que leva até sua casa caiu e não dá para atravessar o rio. Agora ele e sua família estão numa casa alugada, que ele consegue pagar com o trabalho que encontrou numa malharia na cidade. Durante a conversa Sr Uniberto com muito constrangimento falou que era pobre, mas quando voltasse para a sua casa ele devolveria tudo. Falei que ele que não precisava devolver. Depois combinamos como ele poderia pegar os moveis e as outras doações para ele e sua família, o que deixou ele muito feliz. Alguns dias depois, durante uma conversa com o coordenador de obras, Sr Almir, descobri que Sr Uniberto faz parte da sua equipe de construção. Fico entusiasmada e feliz com os processos que Deus usa para Reconstruir a Esperança deste povo!..

O TRABALHO CONTINUA...

Nestas últimas semanas temos vivenciado muitas coisas. Histórias para contar, lágrimas que não conseguimos conter, boas risadas também!
No sábado dia 21/02, fomos novamente ao Alto Baú junto com o Sr Paulo Drun da Defesa Civil de Ilhota e voluntários vindos de SP.
Percorremos a estrada nova, construída com uma enorme dificuldade, devido aos desmoronamentos de terra. Estamos trabalhando na região onde foi o epicentro da tragédia.
Não dá para acreditar no estado que ainda está aquela parte do Complexo do Baú!
As casas ainda estão como no dia dos desmoronamentos, com todos os pertences da família, e muita lama e muita gente chorando porque perdeu tudo. Vamos trabalhar na casa de duas famílias, uma com muita lama, outra que precisa ser demolida.
Nessa semana estamos com 35 voluntários que trabalharam muito em várias casas, mas é muito comovente ter que retirar as roupas, quadros da família e outros pertences numa lona preta para livrar da lama... Muita lama... E tentando dar um jeito naquilo tudo.
Oramos com a dona da casa que foi demolida, conversamos com ela, tentando dar esperança... Imaginando por fé aquela casa sendo construída novamente!
Na descida do morro, entregamos um enxoval de bebê que nasceu esta semana e, mantimentos no posto avançado do Alto Baú.
Passamos a pé por um riachinho e chegamos na casa de Juliana, já no sexto mês de gravidez. Ela sentada ao lado do que agora são as sobras de sua casa. E em breve precisaremos levar mais um enxoval de bebê!

Ainda existe muita coisa a fazer e precisamos de toda a ajuda possível para trabalhos em construção, limpeza e reformas das casas atingidas, famílias que precisam de visitas e de pastoreio, crianças de pessoas que brinquem com elas, e muitas outras ações!


Veja no site da GLOBO a reportagem sobre o trabalho dos voluntarios da ALIANÇA POR ILHOTA, no Alto do Bau.
Acesse o site http://jornalnacional.globo.com e clique na reportagem "VOLUNTARIOS AJUDAM VITIMAS DE SANTA CATARINA"

Ore! Contribua! Sirva!

Se precisar de mais informações escreva-nos!
Nosso email: sossc2008@gmail.com
Na Graça Daquele que nos chamou para Glorificar Seu Nome!

Maria Jose, equipe “Reconstruir a Esperança” e “Aliança por Ilhota”

A ESPERANÇA DO Sr JOÃO

De tudo que fazemos, o que de mais significativo sobra são as histórias das experiências vividas. Vidas que impactam e são impactadas quando a igreja cumpre a sua missão.

Veja mais uma das histórias relatadas por membros da equipe... Essa é a história do seu João e sua família.

Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2009.

Chego em Ilhota as 09h40m, o escritório esta fechado, o pessoal esta fazendo entrega dos Kits 02(1 Camas, Colchões, Guarda-Roupas, Fogões, Pias, panelas, mesas)

Na porta do escritório, encostado na porta, um senhor negro de meia idade, é o Sr João. Com o qual travei um curioso e revelador dialogo. Como estou vestindo a camisa laranjada da Visão Mundial, ele me aborda:

Sr. João: É o senhor que é o chefe do grupo dos laranjadinhos? (O grupo de voluntários foi apelidado pela população de laranjadinhos pois todos usam as camisetas de Emergência da Visão Mundial, e todos do Município fazem essa referencia carinhosa, quando se referem ao pessoal que esta apoiando nosso trabalho?) Eu vim aqui pedir umas coisas, porque estou precisando... to preciso de tudo?.

Ranieri Pontes: Eu faço parte do grupo, trabalho junto com eles. Mas o que o Senhor quer? O que o Senhor perdeu?

Sr. João: Eu perdi tudo? Fogão, cama... Minha neta mais velha divide a única cama de solteiro com a minha netinha de 5 anos. Minha filha, meu genro e eu dormimos no chão. Não deu pra trazer o guarda-roupa, era muito velho e muito pesado. O fogão eu também consegui salvar, mas das 6 bocas só funciona alguns.

RP: Seu João, o senhor ainda esta no abrigo? Vai dar para voltar para casa?

Sr. João: Olha, moço, não vai dar para voltar não, a prefeitura não libera minha casa, dizem que tem perigo de cair ainda. Eu fiquei muito tempo no abrigo, e agora aluguei uma casinha, pois não dava para ficar mais lá.

A gente precisa começar de novo, eu trabalhava na roça, com capinage lá no Alto do Baú, mas to muito doente, não posso fazer peso, o médico proibiu.

RP: Certo. Seu João, eu vou pegar o nome do Senhor e vou pedir para o pessoal daqui entrar em contato para ver como podemos ajudar.

Sr. João: Eu vou ficar esperando, viu! Mas já agradeço o trabalho que vocês laranjadinhos estão fazendo aqui na cidade, estão fazendo a diferença. Muito obrigado.

RP: Obrigado o Senhor. Entraremos em contato.

Segunda-feira, 18 de fevereiro de 2009.

Bom... O Deus de toda a providência, que reuniu pessoas e igrejas de diversos lugares para essa obra, nos ajudou a prover as necessidades dessa família. No dia seguinte nossa equipe foi até a casa do seu João e levou as doações.

Com os recursos que a “Aliança por Ilhota” receberam foi possível entregar um fogão um guarda roupas e o beliche para os netos.

Emocionante mesmo foi presenciar a pequena menina abraçando a caixa e perguntando... “Essa é minha cama?”