14 de jan. de 2009

Olá Queridos

Entre os objetivos do projeto “Reconstruir a Esperança”, está o pastoreio das famílias atingidas através de ações de capelania. Esta semana tivemos o início dos cultos, um deles foi no alojamento do Baú Baixo, ministrado por um pastor de Ilhota. Tivemos muitos testemunhos, tanto de voluntários como de moradores que foram afetados pelos desmoronamentos. Deus tem nos dados recursos e muitos voluntários para que tudo possa acontecer como planejado e pessoas que aparentemente estão com suas vidas destruídas, possam novamente vir a sorrir em meio ao sofrimento. Nossas vidas e as ações deste projeto tem sido prova do poder de Deus atuando no estado de Santa Catarina.
Esta semana estamos com uma equipe de aproximadamente quarenta voluntários da AME – Associação Missão Esperança de São Paulo. A equipe está dividida nas duas cidades afetadas, Ilhota e Palhoça. Em Palhoça, no bairro Frei Damião, a equipe está colaborando com a construção de quatro casas, cinco alicerces e na restauração da estrutura do CADI - Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral, que foi utilizado durante as enchentes como abrigo e depósito de mantimentos. 
Na cidade de Ilhota a chuva não nos deixou. Neste sábado tivemos um grande volume de chuva, o que foi suficiente para atingir novamente a maioria das casas que já tinham sido limpas. Houve ainda novos deslizamentos e desmoronamentos de pontes. A Defesa Civil de Santa Catarina já alertou quanto ao risco de novas tempestades e instabilidade no estado. Mas apesar da chuva o trabalho não parou. Durante a semana a equipe reiniciou a limpeza nas casas, realizou triagem de materiais para a distribuição, recreação com crianças e visitas a famílias atingidas, o que nos dá cada vez mais abertura dentro dos alojamentos e da comunidade. Um exemplo disso é a história do pequeno João Vitor, de oito anos de idade. Em um dos dias de atividades recreativas uma voluntária ensinou João Vitor a fazer pequenas miçangas de jornal para criar correntes de artesanato. O que seria apenas um passatempo para o garoto, se tornou em uma fonte de renda alternativa para a família. Com o incentivo da mãe, entre quarenta pessoas dentro dos abrigos, o pequeno se destacou e nas últimas noites tem se esforçado, pois aceitou encomendas das equipes de voluntários. João Vitor corta pequenas tiras de jornal e com a ponta dos dedos enrola uma a uma até se tornarem pequenas miçangas. Ele vende a um real cada corrente que faz debaixo da luz da televisão durante a madrugada.

João Vitor se tornou um exemplo para todos por sua forma de enxergar a realidade e sua dedicação.